Medidas mais restritas: 59 mil cearenses estão em lockdown pela Covid-19

 

A escalada da pandemia trouxe de volta a adoção de uma das medidas mais extremas de controle de isolamento social: o lockdown. O alto número de novos casos confirmados diariamente e a situação crítica na oferta de leitos têm levado governadores e prefeitos de todo o Brasil a decisões mais duras. No Ceará não é diferente.

Neste ano, três municípios do Estado já anunciaram lockdown. Mombaça foi o primeiro e manteve a restrição entre os dias 25 e 28 de fevereiro. Os outros são Santa Quitéria, que segue em lockdown até quinta-feira, 4, e Meruoca, que mantém até a sexta-feira, 5. Enquanto todos os municípios devem respeitar o toque de recolher estadual, até o fim da semana, 59.043 cearenses estão em lockdown pela Covid-19.

 


Fortaleza adotou lockdown em maio de 2020, quando o Estado estava prestes a registrar 14 mil casos e passa de 900 óbitos por Covid-19. (Foto: Fabio Lima)

Em entrevista ao O POVO nessa segunda-feira, 1º, o secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, afirmou que o lockdown “não é uma solução fácil, mas tem se mostrado acertada”. “Quando você determina o lockdown, você leva em conta algumas coisas; a primeira delas é o nível de vulnerabilidade. Além daqueles dados que estão crescendo de forma geral (casos, internações e óbitos), tem a questão de manutenção de insumos, material médico-hospitalar, medicamentos”, explica. Fatores demográficos, como a maior presença de idosos na população e a estruturação da rede de saúde local também são considerados.

Para o Estado, ele não descarta a possibilidade de aprofundar as medidas de isolamento rígido. “Nós colocamos ali o decreto e semana que vem vai datar 12 dias da medida de maior restrição. Vamos mensurar. Se essas curvas (de casos, óbitos e internações) se aplainarem, manteremos as medidas como estão. Se as curvas piorarem, essas medidas são aprofundadas”, afirma.

FONTE: O POVO

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