Semana Santa registrou redução de 83% no número de mortes no trânsito em rodovias estaduais

O Decreto Estadual nº 33.519 de 19 de março de 2020, do governador Camilo Santana, que determinou o fechamento de comércios que não são de serviços essenciais no Ceará, ajudou a reduzir o número de óbitos na Semana Santa nas rodovias estaduais em 83%. Segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Ceará (Detran-CE), em 2019, foram 35 acidentes e seis mortes. Em 2020, o número de ocorrências caiu para dez e uma pessoa morreu.

Imediatamente após a confirmação do primeiro caso de Covid-19 no Estado, houve uma redução de 28% no volume padrão de circulação de veículos nas rodovias estaduais. Esse comportamento se acentuou com a publicação do primeiro Decreto do Governador Camilo Santana que estabeleceu medidas restritivas no Ceará, de forma que a queda na circulação de veículos atingiu 57%. “Logo no início do decreto, após a confirmação da primeira morte, já percebemos uma redução de 28%. O que essa redução aponta é que foi reduzido o fluxo de pessoas em todo o Estado e as pessoas estão tomando consciência”, aponta Pablo Ximenes, superintendente adjunto do Detran-CE.

Nas semanas seguintes, com a prorrogação do período de quarentena, o fluxo sofreu um leve aumento, mas ainda permaneceu reduzido se comparado com o ano passado. Até a segunda semana de abril, o tráfego se manteve com uma redução média de 43%. Os números são referentes ao tráfego em rodovias que cruzam a área urbana de Fortaleza ou que ligam a Capital a municípios da Região Metropolitana, como a CE-040 (que inicia na avenida Washington Soares), CE-060 3 CE-085.


“A redução está acima de 50% e é importante que as pessoas se mantenham em isolamento”, informa Pablo. O trânsito de caminhões continua estável e dentro dos patamares da normalidade. Ou seja, as cidades da Região Metropolitana seguem com abastecimento normal. “Se você evita acidentes e mortes no trânsito é uma forma também de ajudar no combate à pandemia, porque os leitos hospitalares não estarão ocupados”, conta ele.

Ximenes pontua, no entanto, que a redução do tráfego não implicou no abastecimento da Capital. O tráfego de caminhões nas CEs permaneceu inalterado.

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